O presidente chegou a criou seu próprio "horário eleitoral gratuito" para divulgar candidatos alinhados com ele
"Foi possível identificar que, na live veiculada pelo presidente da República em 5 de novembro de 2020, houve pedido expresso de apoio político a 18 candidatos que concorrem ao pleito que se realizará no próximo dia 15 de novembro", afirmou o vice-procurador-geral eleitoral, Renato Brill de Góes, em despacho.
Segundo informações de Eduardo Militão, do portal Uol, a decisão do MPF vem após uma ação apresentada pelo PT que pedia investigação da conduta do presidente.
“Ressalto que, por se tratar de eleições municipais, eventual irregularidade quanto à realização de propaganda eleitoral deverá ser apreciada pelos juízes eleitorais. E, nos termos da lei, cabe ao promotor eleitoral o exercício das funções eleitorais junto ao juízo de 1ª instância. Nesse sentido, é atribuição do promotor eleitoral a apuração do alegado, de forma a verificar a existência, ou não, da prática de ilicitude”, disse ainda o procurador.
Durante suas transmissões ao vivo realizadas diretamente do Palácio do Planalto, o presidente vinha fazendo indicações de candidatos alinhados com ele em diversas cidades do Brasil.
Além do PT, o deputado federal Orlando Silva (PCdoB) e a deputada federal Joice Hasselmann (PSL), ambos candidatos à Prefeitura de São Paulo, tabém acionaram a justiça contra o "horário eleitoral" de Bolsonaro.
As transmissões vão ser analisadas por procuradores regionais de 9 estados: Amazonas, Ceará, Mato Grosso, Minas Gerais, Piauí, Rio de Janeiro, Roraima, São Paulo e Sergipe.
Com informações do Uol e do Estado de S. Paulo