A candidata a vereadora em Curitiba (PR), Ana Júlia Ribeiro (PT), informou pelas redes sociais, nesta sexta-feira (9), que a chapa do deputado estadual Fernando Francischini (PSL), candidato à prefeitura da capital paranaense, está a processando por conta de projeções feitas por sua campanha contra o presidente Jair Bolsonaro.
Uma das intervenções, projetadas em um prédio, trazia o número de 142 mil mortos por Covid-19 no Brasil e a frase "Fora Bolsonaro", além do endereço da página da petista no Instagram.
"O lançamento da nossa campanha incomodou o PSL em #Curitiba. O partido resolveu entrar com um processo contra nossas projeções na cidade. Aqui a gente não baixa a cabeça! Não vão nos intimidar!", escreveu Ana Júlia pelo Twitter. A coligação do PSL, ao acionar a Justiça Eleitoral contra a candidata do PT, solicitou pagamento de multa no valor de R$ 10 mil.
"A alegação é que fizemos propaganda irregular, o que é irônico já que o autor do processo pagou 15 mil reais em multa por 3 outdoors irregulares e já soma mais de 100 mil reais pagos em multas por propaganda irregular!", completou a petista.
A candidata classifica ainda o processo como retaliação, já que ela entrou com uma representação contra a chapa do PSL pela falta de cumprimento das cotas eleitorais destinadas às mulheres.
"A multa solicitada pela coligação contra Ana Júlia é de 10 mil reais, curiosamente Franscichini pagou 15 mil reais em multa por colocação de 3 outdoors irregulares e já soma mais de 100 mil reais pagos em multas por propaganda irregular. A campanha de Ana Júlia com poucos recursos, vem crescendo e incomodando a milionária campanha de Francischini-PSL. Vamos aguardar para ver quem vence essa batalha", completou a campanha da candidata em nota oficial.
Ana Júlia Ribeiro despontou como liderança do movimento de estudantes secundaristas em 2016 após um discurso histórico na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). À época, com 16 anos, ela defendeu as ocupações de estudantes que reivindicavam melhoras no ensino público e protestavam contra os cortes na Educação.
A então aluna de escola pública criticou o projeto Escola Sem Partido e a PEC 241, que congela os gastos públicos durante vinte anos. Emocionada, a jovem ainda rechaçou a ideia de que a luta pela melhoria do ensino seja violenta e que os alunos estejam doutrinados por partidos de esquerda. "É um insulto a nós, que estamos lá, nos dedicando, procurando motivação todos os dias, sermos chamados de doutrinados. É um insulto aos estudantes, aos professores", afirmou.
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