A ministra Tereza Cristina, principal representante do agronegócio no governo do presidente Jair Bolsonaro, tem sido pressionada a deixar o cargo para concorrer à Presidência da Câmara dos Deputados em 2021, quando se encerra o mandato do atual presidente, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Ela foi eleita como deputada pelo DEM do Mato Grosso.
Segundo informações de Lauriberto Pompeu e Edson Sardinha, do Congresso Em Foco, um grupo tem se articulado para convencer a ministra a voltar para a Câmara. Nesse movimento estariam segmentos das bancadas ruralista, feminina e da base do governo. Cristina nega a intenção de concorrer.
"Ela nunca aceitou falar desse assunto. É um movimento natural... Uma conversa que ganhou força. Na verdade, a primeira meta seria convencê-la de aceitar", disse ao Congresso em Foco um deputado que se reuniu com a ministra recentemente.
Abertamente, nenhum deputado comentou sobre o assunto. As disputas pela Câmara e pelo Senado seguem sem candidaturas bem definidas. Maia e Davi Alcolumbre tentam aprovar uma PEC que permita uma reeleição em meio a uma legislatura já iniciada - o que é vedado.