O governo de Jair Bolsonaro publicou na edição desta quarta-feira (7) do Diário Oficial da União a exoneração do porta-voz oficial da Presidência, general Otávio Rêgo Barros. Ele ocupava o cargo desde janeiro de 2019. Decisão vem após o ex-capitão informar, em agosto deste ano, que iria "desativar" a função.
O general foi perdendo espaço aos poucos com as mudanças na estrutura do governo e chegou a passar por fritura do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ). O filho do presidente fez críticas ao porta-voz em seu Twitter, em julho do ano passado, sem citar o nome dele. O general defendia uma relação mais tranquila com jornalistas, o que contraria a postura do ex-capitão em relação à imprensa.
Em agosto, por exemplo, o presidente se irritou duas vezes com repórteres que o questionaram sobre os repasses de Fabrício Queiroz a Michelle Bolsonaro. Ele chegou a ameaçar um jornalista do O Globo com "porrada".
Além disso, o presidente dispensou o porta-voz quando decidiu falar diariamente com a imprensa na porta do Palácio do Alvorada, ao lado do cercadinho dos apoiadores. A criação do Ministério das Comunicações, que alterou a Secom, também contribuiu com o isolamento do general.