Subprocurador cita Rui Barbosa em parecer contra pedido de Flávio Bolsonaro: "Vergonha de ser honesto"

Ruy Barbosa, Queiroz e Flávio Bolsonaro (Montagem)
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Responsável pelas manifestações da Procuradoria-Geral da República (PGR) nos casos envolvendo Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), o subprocurador Luís Roberto Oppermann Thomé abriu com as palavras de Rui Barbosa, de um conhecido discurso feito em 1914, um parecer em que nega à defesa do senador um pedido para suspender provas na investigação sobre o esquema de corrupção comandado por Fabrício Queiroz no gabinete do então deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

“A falta de justiça, srs. Senadores, é o grande mal da nossa terra, o mal dos males, a origem de todas as nossas infelicidades, a fonte de todo o nosso descrédito, é a miséria suprema desta pobre nação. De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto”, destacou o subprocurador no documento.

Em agosto, Oppermann Thomé já hávia se manifestado junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) contra a decisão que concedeu prisão domiciliar a Queiroz com um meme. "Desaparecimento a ponto de virar meme o mote 'Onde está o Queiroz?'", citou Thomé, ao listar uma série de eventos, que, segundo ele, apontam indícios de crimes cometidos por Queiroz.

No documento, o subprocurador afirmou que o ex-assessor possuía "estranhas movimentações bancárias" e tentou atrapalhar as investigações.

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