O APP-Sindicato (Associação dos Professores e Profissionais da Educação Pública do Paraná) iniciou uma ocupação da Seed (Secretaria de Estado da Educação do Paraná) na tarde desta sexta-feira (30)
Os manifestantes realizaram uma live no local, através da qual divulgaram os objetivos do protesto contra o que consideraram “as mais diversas formas de violência do secretário Renato Feder e do governo Ratinho contra a educação paranaense”.
O protesto contou com o apoio da UPES (União Paranaense dos Estudantes Secundaristas), que marcou presença na ocupação com duas representantes.
A mobilização após a administração estadual do governador Ratinho Junior publicar um edital que alterava os critérios para a contratação de professores através do sistema PSS (Processo Seletivo Simplificado), medida que a APP considerou arbitrária, pois teria sido tomada sem dialogar com os profissionais da educação.
Os trabalhadores também reclamam da terceirização dos trabalhos dos funcionários de escolas públicas e pela imposição de mudanças para transformar as escolas paranaenses em instituições com administração cívico-militar – segundo a APP, 215 unidades teriam sofrido este processo desde 2019.
“Cobramos sobre a publicação do edital sem qualquer debate e fizemos a argumentação de todos os temas que temos levantados, razões pelas quais reforçamos nossa contrariedade a essa prova e a alterações de critérios que estão sendo adotados. Solicitamos para que o diretor geral suspenda o edital, porém ele alegou que não tem autoridade para suspender o documento, pois o mesmo está em efeito”, explicou o professor Hermes Leão, presidente da APP-Sindicato, Professor Hermes Leão.
Na última quarta-feira (28), a APP realizou uma denúncia contra a Seed no Ministério Público do Paraná (MP-PR), na qual exigiu que a administração pública esclareça a situação do contrato assinado com o CEBRASPE (Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção de Promoção de Eventos). O sindicato acusa o governo paranaense de gastar mais de 3 milhões de reais nesse contrato sem a devida licitação.