O artigo do ex-porta-voz da Presidência, o general Otávio Rêgo Barros, publicado nesta terça-feira (27) no Correio Braziliense, incomodou seus pares da caserna.
De acordo com a coluna de Guilherme Amado, na Época, militares do alto escalão consideram que Rêgo Barros se expôs demais e prejudicou a imagem de outros generais que permanecem no Planalto diante de parlamentares do centrão.
Eles acham que o ex-porta-voz do presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido-RJ) deveria ter “segurado a onda”.
Exonerado do governo no dia 7 de outubro, após uma série de humilhações no cargo, Rêgo Barros, sem citar diretamente o presidente, se refere a ele de forma irônica como “imperador imortal”.
“Infelizmente, o poder inebria, corrompe e destrói! E se não há mais escravos discordantes leais a cochichar: ‘Lembra-te que és mortal’, a estabilidade política do império está sob risco. As demais instituições dessa república — parte da tríade do poder — precisarão, então, blindar-se contra os atos indecorosos, desalinhados dos interesses da sociedade, que advirão como decisões do “imperador imortal”, escreveu Rêgo Barros.