Deputados federais do PSOL incluíram o nome do vice-presidente Hamilton Mourão em ação apresentada à Corte Interamericana de Direitos Humanos que denuncia o governo Bolsonaro por insultar as vítimas da ditadura militar. O partido afirma que não está sendo cumprida a sentença que condenou o país por violações de direitos no caso da Guerrilha do Araguaia.
Em adendo encaminhado na sexta-feira (9), o PSOL cita a fala do vice-presidente, em entrevista a DW, sobre o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra. De acordo com Mourão, o militar “foi um homem de honra e um homem que respeitava os direitos humanos de seus subordinados”.
“O que posso dizer sobre o homem Carlos Alberto Brilhante Ustra, ele foi meu comandante no final dos anos 70 do século passado, e era um homem de honra e um homem que respeitava os direitos humanos de seus subordinados. Então, muitas das coisas que as pessoas falam dele, eu posso te contar, porque eu tinha uma amizade muito próxima com esse homem, isso não é verdade”, afirmou o vice. Ustra foi o primeiro militar condenado pela Justiça Brasileira pela prática de tortura durante a ditadura.
Para os parlamentares, o revisionismo dos crimes do período militar pelo governo Bolsonaro insulta “a memória das vítimas do caso Gomes Lund e outros e de todas as pessoas desaparecidas, mortas e torturadas pela ditadura brasileira”. A informação é da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S.Paulo.