A última Cúpula do Clima, ocorrida em dezembro de 2019, em Madri, contou com uma situação inusitada, e que só foi revelada nesta quarta-feira (14), por reportagem do jornal Estadão: a delegação brasileira contou com a presença de ao menos quatro agentes ligados à ABIN (Agência Brasileira de Inteligência).
Também segundo a matéria, a missão dos agentes foi monitorar algumas organizações ambientais que costumam ter discurso crítico às políticas do Brasil com relação ao meio ambiente.
Jair Bolsonaro costuma acusar as organizações críticas à sua gestão como as principais responsáveis pelas tragédias ambientais que o Brasil já sofreu durante este mandato, e que não foram poucas: recorde de queimadas na Amazônia e no Pantanal, vazamento gigante de petróleo no litoral do Nordeste e queda de barragem próxima à cidade de Brumadinho, entre outras.
Para sorte do presidente, embora a Cúpula do Clima seja um evento de periodicidade anual, a edição deste ano, que estava marcada para acontecer em novembro, na cidade escocesa de Glasgow, foi adiada para o final de 2021, em função da pandemia do novo coronavírus.