Bolsonaro diz que "dá uma voadora no pescoço" de quem praticar corrupção em seu governo

O presidente comentava sobre operação da PF em Roraima, onde o governador Antonio Denarium (PSL) foi eleito com o apoio do ex-capitão

Jair Bolsonaro e Antonio Denarium | Divulgação/Presidência da RepúblicaCréditos: Palácio do Planalto/Divulgação
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Nesta quarta-feira (14), o presidente Jair Bolsonaro voltou a fazer referência ao discurso em que ele dizia ter acabado com a Lava Jato. Em conversa com apoiadores na entrada do Palácio da Alvorada, ele comentou sobre operação da Polícia Federal realizada em Roraima e disse que mandaria embora quem praticasse atos de corrupção em seu governo.

"Ah, acabou a Lava Jato, pessoal? A PF está lá em Roraima hoje. Para mim não tem. No meu governo, não tem porque botamos gente lá comprometida com a honestidade, com o futuro do Brasil", declarou.

A operação Desvid-19 cumpriu sete mandados de busca e apreensão em Boa Vista nesta quarta em razão de suposto esquema criminoso montado na Secretaria Estadual Saúde (Sesau).

O governador de Roraima, Antonio Denarium (PSL), foi eleito em 2018 com o apoio do ex-presidente, assim como outros governadores acusados de desvios no combate à pandemia - Wilson Witzel (PSC), do Rio, Carlos Moisés (PSL), de Santa Catarina, e Wilson Lima (PSC), do Amazonas. Em março, Bolsonaro chegou a dar uma medalha de Ordem do Mérito Militar a Denarium.

 "Se acontecer alguma coisa, a gente bota para correr, dá uma voadora no pescoço dele. Mas não acredito que haja no meu governo", disse ainda o ex-capitão.

Apesar da declaração, o presidente mantêm ao menos dois ministros que já foram acusados de esquema de Caixa 2. Marcelo Álvaro Antonio, do Turismo, foi vinculado a um esquema de candidaturas laranjas do PSL de Minas Gerais e Onyx Lorenzoni, da Cidadania, chegou a admitir que praticou Caixa 2 em sua eleição e pediu "desculpas".

Com informações da Folha de S. Paulo e do G1