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O presidente Jair Bolsonaro decidiu nesta quinta-feira (30) retirar a gestão do Programa de Parcerias e Investimentos (PPI) do ministério da Casa Civil e transferi-la para a Economia. O responsável pela pasta, Onyx Lorenzoni, foi pego de surpresa e, humilhado, afirmou a aliados que só soube da decisão pelo Twitter. Em ato de desespero, o ministro antecipou seu retorno de férias para investir em formas de se manter no governo do ex-capitão.
A decisão do presidente é um ataque direto aos poderes de Lorenzoni no ministério, já que a gestão do PPI era a única tarefa relevante da pasta. Integrantes do DEM, partido do ministro, viram no gesto um golpe "duro e desleal" e defendem que o ministro peça para sair e retorne para a Câmara.
Nos últimos dias, Onyx viu diversos acontecimentos que fragilizaram ainda mais sua gestão. O principal episódio envolve um de seus assessores, Vicente Santini, que foi demitido, recontratado e exonerado em um período de 48 horas por ter viajado à Índia com um avião da Forca Aérea Brasileira (FAB).
Além de Santini, Bolsonaro também demitiu o assessor de imprensa do ministro, Gustavo Chaves Lopes, por ter sido responsável pela nota oficial dizendo que o presidente havia conversado com Santini e garantido sua permanência na Casa Civil. Como forma de agradar o ex-capitão, Onyx contratou como novo assessor Mateus Colombo Mendes, que se define nas redes como "olavete e bolsominion".