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POLÍTICA
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As três entidades estudantis mais representativas do país, a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), a União Nacional dos Estudantes (UNE) e a Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG), vão acionar nesta terça-feira (21) o Ministério Público Federal para buscar indenização por danos morais aos candidatos do Enem que foram prejudicados pelo erro na correção do último exame.
"Nosso objetivo é uma reparação material aos candidatos por conta do prejuízo psicológico e emocional que tiveram com essa quebra de expectativa", explica Pedro Gorki, presidente da UBES.
Já o presidente da UNE, Iago Montalvão (foto) disse que a entidade tem recebido muitas mensagens com denúncias de erros nas notas. "Essa negligência do MEC levou a uma situação em que não há mais confiança e segurança nas notas obtidas por centenas de milhares", escreveu Montalvão no Twitter. Montalvão pede a realização de auditoria na correção do Enem.
Se a reclamação das entidades for aceita pelo MPF, os candidatos poderão impetrar uma Ação Civil Pública para garantir indenização.
Ação Popular
Paulo Pimenta (RS), líder do PT na Câmara, além dos deputados Enio Verri (PT-PR) e Paulo Teixeira (PT-SP), entraram, nesta segunda-feira, na 17ª Vara da Justiça Federal, em Brasília, com ação popular contra Abraham Weintraub, ministro da Educação de Jair Bolsonaro, e Alexandre Lopes, presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
Erros e mais erros
O próprio Ministro da Educação, Abraham Weintraub, admitiu erros no gabarito do Enem de 2019 em vídeo publicado nas redes sociais neste sábado. O ministro mostrou, no entanto, que o tema da pasta não é mesmo seu forte e tropeçou nas contas dizendo que o problema atingiu 0,1% dos que fizeram as provas e que para 99% está tudo bem.
“Um grupo muito pequeno de pessoas teve o gabarito trocado quando foi fechado os envelopes (SIC). Uma inconsistência fácil de ser consertada. Estamos falando aí de alguma coisa como 0,1% das pessoas que fizeram – dos milhões, 0,1% -, número baixo. Então, para 99% das pessoas está tudo bem”, anunciou Weintraub, deixando 0,9% dos alunos à deriva.
Com informações da coluna de Chico Alves no UOL