Escrito en
POLÍTICA
el
Em uma sequência de tuítes publicada neste sábado (18), o jornalista Leonardo Attuch, do Brasil 247, lança uma tese em que acredita que - embora pareça estranho - "a origem do mal foi Reinaldo Azevedo ter criado a palavra 'petralha'.
"Ao fazer isso, ele nomeou o inimigo, o novo judeu. O nazismo brasileiro, que degenerou em Roberto Alvim, nasceu ali", escreve o jornalista.
Segundo ele, a palavra foi criada por Azevedo quando José Serra (PSDB) se preparava para disputar a segunda eleição presidencial, em 2010, quando os tucanos se armaram de um discurso de ódio para tentar derrotar o PT, na transição entre os governos Lula e Dilma Rousseff.
"Como se sabe, Serra perdeu para Dilma em 2010, assim como Aécio em 2014, mas o ambiente político brasileiro já vinha sendo intoxicado. E, evidentemente, o discurso moralista da direita era absolutamente hipócrita, como demonstraram as contas na Suíça do PSDB e o caso JBS", tuitou.
Para Attuch, o "falso moralismo" foi, então, levado às ruas, nas manifestações que se iniciaram em julho de 2013 e refletiram nos atos contra Dilma Rousseff.
"Esse falso moralismo, amplificado pela mídia, levou patos amarelos às ruas, provocou a maior recessão da história do Brasil e colocou neonazistas no poder (Alvim não é o único) a serviço de interesses internacionais".
O jornalista finaliza com a pergunta que permeia o campo progressista, em como desfazer todo o processo que levou à extrema-direita ao poder no país.
"A questão agora é como desfazer o estrago, mas o registro histórico precisa ser feito. Bolsonaro é a consequência direta do ódio instalado no Brasil pela direita “limpinha e cheirosa”, que hoje renega seu fruto podre".
Pode parecer estranho o que vou dizer agora, mas a origem do mal foi Reinaldo Azevedo ter criado a palavra “petralha”. Ao fazer isso, ele nomeou o inimigo, o novo judeu. O nazismo brasileiro, que degenerou em Roberto Alvim, nasceu ali (segue abaixo)
— Leonardo Attuch (@AttuchLeonardo) January 18, 2020