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Soldados da Polícia Militar do governador João Doria arrastaram uma moça pelos cabelos e outra pelo pescoço, no terceiro ato contra o aumento das tarifas organizado pelo Movimento Passe Livre (MPL), na noite desta quinta-feira (16), na Praça da República, centro da cidade de São Paulo.
Vários policias estavam sem a identificação funcional. Um deles, ao ser perguntado por um jornalista porque estava sem, alegou que caiu. Outros, no entanto, também não usavam a identificação, que é de uso pessoal e intransferível e de porte obrigatório, de acordo com Decreto nº 62.945, de 17 de novembro de 2017.
A polícia impediu que o protesto avançasse para a Avenida Paulista e usou bombas de efeito moral e balas de borracha contra um grupo que furou o bloqueio. Segundo a PM, 10 pessoas foram detidas.
Andreza Delgado, militante do movimento e organizadora da PerifaCon, contou em grupo de Whatsapp ter levado spray de pimenta dentro da boca antes de ser presa e levada para a 2ª Delegacia de Polícia, na Consolação.
De acordo com relatos, a PM não queria nem deixar a manifestação sair e, ao falharem em impedir, atacou e prendeu manifestantes aleatórios, que foram mantidos na frente da Secretaria Estadual de Educação até que chegassem as viaturas. Os policiais não explicaram o motivo das detenções.
Advogados da Comissão de Direitos Humanos da OAB e do Sindicato dos Advogados de SP estão acompanharam as manifestações desde o início.