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O grupo Judeus pela Democracia soltou nota em suas redes sociais repudiando o discurso de Roberto Alvim, secretário de Cultura do governo do presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido). Para eles, “não é apenas um plágio do Ministro da propaganda do governo nazista; é um plágio estético, cultural, ideológico. Não estamos diante de um discurso com aspectos fascistas. Estamos diante DO PRÓPRIO discurso nazista”.
Leia abaixo o texto na íntegra:
"A arte brasileira da próxima década será heroica e será nacional, será dotada de grande capacidade de envolvimento emocional, e será igualmente imperativa, posto que profundamente vinculada às aspirações urgentes do nosso povo - ou então não será nada."
Rodrigo Alvim, Secretário Especial de Cultura do Governo Bolsonaro.
“A arte alemã da próxima década será heroica, será ferreamente romântica, será objetiva e livre de sentimentalismo, será nacional com grande páthos e igualmente imperativa e vinculante, ou então não será nada."
Joseph Goebbels, Ministro da Propaganda de Hitler.
(LONGERICH, Peter. Joseph Goebbels. Uma biografia. Rio de Janeiro: Editora Objetiva, 2014).
Não é apenas um plágio do Ministro da propaganda do governo nazista; é um plágio estético, cultural, ideológico. Não estamos diante de um discurso com aspectos fascistas. Estamos diante DO PRÓPRIO discurso nazista.
O cenário limpo e quase estéril limitado a uma bandeira, uma imagem do presidente e uma cruz, o extremo nacionalismo, a música de Wagner como pano de fundo, a valorização do puro e casto mostram que o plágio vai além das palavras. O discurso é pensado e escrito por pessoas que admiram e se inspiram no ministro da propaganda de Hitler.
Esperamos que instituições judaicas (em especial, Confederação Israelita do Brasil - CONIB, Fierj Federação Israelita) manifestem-se categoricamente sobre o caso, exigindo não só o afastamento dos responsáveis, como a punição devida sobre uma clara manifestação de apologia ao nazismo, vinda de dentro do governo federal.