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Apoiador de Jair Bolsonaro, o pastor Silas Malafaia teve um chilique nas redes sociais depois da decisão deste domingo (8) do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), de derrubar a liminar emitida pelo desembargador Claudio de Mello Tavares, presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) que permitia a apreensão de livros na Bienal do Rio de Janeiro.
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"VERGONHA TOTAL! Presidente do STF concorda com a barbárie da procuradora geral . ESTÁ LIBERADO NO BRASIL O CRIME CONTRA AS CRIANÇAS EM NOME DE UMA PSEUDA LIBERDADE DE EXPRESSÃO. Rasgaram a CF,ECA E O CÓDIGO PENAL. É uma aberraçao sem precedentes na história do Brasil.VERGONHA!", tuitou Malafaia.
Na sequência, ele publicou vídeo visivelmente transtornado em que parabeniza o prefeito do Rio, Marcelo Crivella (PRB), pela tentativa de imposição da censura e culpa a mídia, em especial a Rede Globo, por "manipular a informação".
"O STF E A PGR acabam de dizer , ESTÁ LIBERADA TODA A SAFADEZA CONTRA AS CRIANÇAS . Tenham certeza! Vão pagar uma conta altíssima diante de Deus. Guardem esse Twitter , o tempo vai mostrar o que eu estou falando. Segundo o STF e a PGR , NÃO EXISTEM LEIS PARA PROTEGER CRIANÇAS", publicou em outro tuíte.
Cruzada de Crivella
A cruzada de Crivella para censurar a HQ "Vingadores - A Cruzada das Crianças", começou na quinta-feira (5), quando determinou que o livro deveria ser retirado das prateleiras. Diante da negativa da Bienal, Crivella enviou censores ao local, mas o Tribunal de Justiça do Rio, em decisão liminar, impediu a prefeitura de apreender livros e cassar o alvará do evento.
Neste sábado (7), no entanto, o desembargador Claudio de Mello Tavares suspendeu a liminar em favor de Crivella, determinando que obras que ilustram o tema da homossexualidade atentam contra o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), e, portanto, devem ser comercializadas em embalagens lacradas, com advertência sobre o seu conteúdo.
Para o decano do STF, Celso de Mello, "mentes retrógradas e cultoras do obscurantismo e apologistas de uma sociedade distópica erigem-se, por ilegítima autoproclamação, à inaceitável condição de sumos sacerdotes da ética e dos padrões morais e culturais que pretendem impor, com o apoio de seus acólitos, aos cidadãos da república".