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Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba, disse em entrevista à Rádio Jovem Pan, nesta segunda-feira (30), que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não pode decidir se aceitará ou não uma progressão de pena, que o faria passar do regime fechado para o semiaberto. O procurador reiterou que, caso a juíza Carolina Lebbos, responsável pela execução da pena do petista, conceda a mudança, Lula será obrigado a acatá-la uma vez que é igual a todos os outros presos.
O procurador disse ainda que o Ministério Público está apenas cumprindo a lei ao pedir que Lula progrida para o regime semiaberto. O pedido foi feito pelos procuradores na última sexta-feira (27) à Justiça.
"Quando uma pessoa cumpre os requisitos todos para a progressão de regime não tem só o direito, mas o Estado não pode exercer seu poder de prisão para além do que tem direito. Assim, uma vez cumpridos os requisitos, normalmente os réus pedem a progressão. Se o réu não pedir, é obrigação nossa, do Ministério Público pedir", explicou em entrevista à rádio Jovem Pan nesta manhã.
"O que estamos fazendo nesse caso é cumprir a lei como faríamos no caso dos demais presos. O ex-presidente Lula, como os demais, deve cumprir nem mais nem menos", acrescentou o procurador.
De acordo com a defesa de Lula, a decisão sobre o que fazer será tomada em uma nova reunião com o ex-presidente no início da tarde desta segunda.