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O prestígio da Lava Jato já teve dias melhores. Até mesmo uma das maiores defensoras da operação, a jornalista Eliane Cantânhede, da GloboNews, e articulista de O Estado de S.Paulo, vê o desmanche se aproximar a passos largos.
Em artigo publicado neste domingo (29), no Estadão, ela diz: “Com a sucessão de eventos da semana passada, a Lava Jato começa a ir a pique como o Titanic. Hackers, The Intercept Brasil, Supremo, Congresso, Planalto e, agora, a absurda, inacreditável, chocante história do então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que entrou armado na mais alta corte do País para assassinar o ministro Gilmar Mendes”, escreve a jornalista.
“Depois das ‘flechadas’ contra Michel Temer, Janot queria assassinar Gilmar a tiros. Não tirou o mandato de um nem a vida do outro, mas acaba de matar sua própria reputação. Procuradores são servidores públicos e ele não era apenas um procurador qualquer, era o procurador-geral e estava disposto a cometer não um crime qualquer, mas o mais grave de todos: assassinato. E de um ministro do Supremo!”, diz, também, Eliane, que chama Janot de “justiceiro”.
“Partidarismo e arrogância”
Em outro trecho, destaca: “Com seu partidarismo, arrogância e falta de limites, Janot foi o pivô da gravação que Joesley Batista, da J&F, fez com o ex-presidente Michel Temer. O resultado foi uma conversa mole, induzida, picada, que não conseguiu derrubar Temer, mas derrubou a reforma da Previdência e a retomada do crescimento. O País pagou um alto preço”.