Abuso de autoridade: procuradora e deputada continuam chantagem contra decisão do Congresso

Depois que o Congresso derrubou os 18 vetos feitos por Jair Bolsonaro sobre a lei de abuso de autoridade, que busca fiscalizar medidas judiciais realizadas por servidores públicos, a chiadeira por parte da direita conservadora brasileira só aumenta. Além do ministro Sergio Moro, que foi às redes sociais lamentar a decisão dos parlamentares, desta vez foi a procuradora Monique Cheker e a deputada Carla Zambelli (PSL) fizeram coro aos descontentes. “Com a Lei de 'Abuso de Autoridade', tornou-se crime manter alguém preso quando 'manifestamente' incabível. Quem vai se arriscar?”, postou a procuradora em seu Twitter mostrando uma sentença da comarca da cidade de Capim Grosso-BA. A publicação foi endossada pela deputada do partido do presidente da república.

Com a Lei de "Abuso de Autoridade", tornou-se crime manter alguém preso quando "manifestamente" incabível. Quem vai se arriscar? pic.twitter.com/ihBUT2Tff6

— Monique Cheker (@MoniqueCheker) September 29, 2019

Cheker continuou com suas críticas e defesa de classe em seus outros posts e fez ataques diretos ao Supremo Tribunal Federal. “Alguns Ministros do STF a todo momento utilizam os termos "mal fundamentada", "manifestamente irregular" em prisões de poderosos. Melhor fecharmos a justiça de 1° e 2° graus e deixarmos somente uma Corte do Judiciário decidindo. Assim, não haverá chance de interpretações dúbias”. A Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) afirmou que vai entrar com uma ação direta de inconstitucionalidade ao STF na tentativa de alterar alguns dos pontos que foram mudados no Congresso com a derrubada dos vetos de Jair Bolsonaro.