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Depois de ter posado nesta quinta-feira (26) fazendo sinal de "arminha" em frente a uma escultura pela paz na sede da ONU em Nova York, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) foi duramente criticado nas redes sociais e tentou se explicar, mas sem abrir mão de seu posicionamento. Dudão disse que o melhor seria criar um monumento com as mãos do assassino de John Lennon, pois o revólver "não atirou sozinho".
"O assassinato do John Lennon é o pano de fundo para calar os pró-legítima defesa que ousarem falar contra - quem poderia ser contra essa escultura, ainda mais em tempos de politicamente correto? O que aconteceria se John Lennon estivesse armado?", questionou o deputado. Diversos internautas rebateram o tuíte perguntando a Eduardo "o que aconteceria se o assassino de John Lennon não tivesse tido acesso a armas".
Ainda tentando se defender, Eduardo citou a Venezuela e defendeu o porte de armas no país. "As mesmas armas que o povo venezuelano clama para poder sair das garras de um narcoditador mas não tem, porque em 2012 uma lei os desarmou, em que pese sua constituição ter o art. 350. Ou as armas das missões de PAZ da ONU?", disse.
Em seu último tuíte da sequência, o deputado voltou a dizer que sua opinião é divergente da dos desarmamentistas e deve ser respeitada. "Ao menos que botem na entrada da ONU as mãos do assassino de John Lennon, pois o revólver não atirou sozinho", finalizou.
Homenagem a John Lennon
O monumento concebido por Reuterswärd, que faleceu em 2016, traz um Colt Magnum 357 com o cano amarrado em um nó como símbolo da paz após o assassinato em Nova York de seu amigo John Lennon, morto a tiros em 8 de dezembro de 1980 por Mark Chapman.
Luxemburgo, que adquiriu uma das primeiras versões da escultura, doou a peça em 1988 às Nações Unidas.