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A pesquisa do CNI/Ibope publicada nesta quarta-feira (25) aponta que mais da metade da população vê o governo Bolsonaro como igual ou pior do que o governo de Michel Temer, o mais mal avaliado desde a redemocratização. A mesma pesquisa pontou que o presidente atingiu índices piores do que todo o governo Lula. No Nordeste e nas periferias os índices são piores para o ex-capitão.
Segundo o levantamento realizado entre os dias 19 e 22 de setembro, 33% da população vê o governo Bolsonaro como igual ao de Temer e 20% como pior, somando 53% da população, equiparando os dois presidentes. Apenas 43% enxerga que Bolsonaro faz um governo melhor que o do emedebista, que saiu de cena com uma avaliação ínfima, de apenas 5% de Bom/Ótimo e 9% de aprovação na maneira de governar.
Rejeição no Nordeste
A comparação é ainda pior na região Nordeste do Brasil, alvo de ataques do presidente. 29% veem Bolsonaro como pior do que Michel Temer e 34% como igual, atingindo 63% de Igual/Pior. Entre os moradores do Nordeste, apenas 34% enxergam o atual presidente como melhor que o anterior, que ascendeu ao governo através de um golpe.
Na região, o presidente também apresenta sua pior avaliação. 65% dizem não confiar em Bolsonaro, 47% avaliam o governo como Ruim/Péssimo e 61% desaprovam a forma como o presidente governa.
Periferias
No recorte de condição de moradia, os residentes nas periferias também apresentam uma rejeição maior ao governo. 58% dizem não confiar no presidente, 56% desaprovam a maneira de Bolsonaro governar e 41% avaliam a gestão como Ruim/Péssimo. Além disso, 55% dos moradores de periferia enxergam Bolsonaro como Igual/Pior que Temer. Todos índices são mais desfavoráveis do que nos dois outros recortes: Capital e Interior.
Números totais
Os números apresentados pelo Ibope mostram um governo cada vez mais fragilizado em apenas 9 meses de mandato. Com 34% de Ruim/Péssimo (contra 31% de Bom/Ótimo), 50% de desaprovação (contra 44%) e 55% de pessoas que dizem não confiar no presidente (contra 42%), Bolsonaro tem índices piores do que o governo Lula durante a emergência do Mensalão e o governo Dilma durante as marchas de Junho de 2013.