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O policial militar Rodrigo Jorge Ferreira, conhecido como Ferreirinha, confessou em depoimento à Polícia Federal que tentou subornar policiais da DH (Delegacia de Homicídios da Capital), no Rio, a mando do miliciano Orlando Oliveira de Araújo, o Orlando Curicica. As informações são do portal Uol desta segunda-feira (2).
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Ferrerinha foi preso em 31 de maio de 2019, em uma operação comandada pela Polícia Civil para desmontar a milícia comandada por Curicica, na zona oeste do Rio.
Ferreirinha é acusado de prestar falso testemunho para obstruir a investigação do assassinato da vereadora carioca Marielle Franco (PSOL-RJ) e do motorista Anderson Gomes. À época, ele apontou Curicica e o vereador Marcelo Sicilliano (PHS-RJ) como mandantes do atentado.
Quando decidiu incriminar Curicica e Sicilliano, o PM apresentou primeiro sua história inventada a outros três delegados federais, em maio do ano passado.
A certa altura do interrogatório, o delegado questionou o motivo de Ferreirinha não ter procurado diretamente a DH, já que essa delegacia chefia a investigação sobre as mortes de Marielle e Anderson.
"Porque como eu relatei antes, quando o Ricardo era vivo, eu levava dinheiro lá [na DH]. Eu não me sentia seguro de ir lá", respondeu Ferrerinha, citando o policial militar José Ricardo Silva, moro em uma emboscada.
A investigação sobre as mortes de Marielle e Anderson continua na DH. O PM reformado Ronnie Lessa e o ex-PM Élcio Vieira de Queiroz foram presos em março sob acusação de terem executado o atentado. Ambos negam a acusação.
Até o momento, nem a investigação do MP-RJ nem a da Polícia Civil apontaram os mandantes do duplo assassinato.