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A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, enviou parecer favorável à cassação do mandato da senadora Selma Arruda (PSL-MT), assim como de seus suplentes. A decisão foi enviada na terça-feira (10) ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), argumentando abuso de poder econômico e prática de caixa 2 de campanha ao Senado em 2018. Novas eleições para a vaga da senadora serão realizadas no estado.
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De acordo com o desembargador Pedro Sakamoto, relator do processo no TRE do Mato Grosso, Selma Arruda realizou “enorme quantidade de gastos tipicamente eleitorais no período de pré-campanha” e “ainda efetuou uma série de gastos eleitorais em período eleitoral, os quais não transitaram em conta corrente da campanha”.
O processo indica que a senadora gastou mais de R$ 855 milhões antes do período legal de campanha e pouco mais de R$ 376 milhões sem registro contábil na prestação de contas de campanha. Contraditoriamente, Selma Arruda foi eleita com o discurso de combate à corrupção, sendo comparada ao atual ministro da Justiça, Sergio Moro.
Nesta terça-feira (10), a senadora havia publicado uma nota afirmando que “estava avaliando” deixar o PSL devido a “divergências internas”. A principal causa, segundo ela, é a “pressão partidária” promovida pelo senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) e pelo presidente nacional do partido, Luciano Bivar (PSL-PE), para que parlamentares da sigla retirem suas assinaturas da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Lava Toga, que pretende investigar membros do Supremo Tribunal Federal (STF).
“A senadora Juíza Selma esclarece que devido a divergências políticas internas, entre elas a pressão partidária pela derrubada da CPI da Lava Toga, está avaliando a possibilidade de não permanecer no PSL”, disse em nota. Ela ainda afirmou que recebeu convites de outras legendas e que seguirá apoiando o governo Bolsonaro.