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A Procuradora-Geral da República (PGR), Rachel Dodge, deu parecer favorável à defesa do ex-presidente Lula em que os advogados pedem acesso ao acordo de leniência da empreiteira Odebrecht na Lava Jato. Ela concordou nesta terça-feira (10) com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, e não irá recorrer da decisão que prevê que o ex-presidente deve ter acesso integral aos termos da delação.
Em decisão proferida no dia 27 de agosto, Fachin determinou que "seja facultado à defesa acesso aos sistemas vinculados à Odebrecht, com prazo de 15 dias para a confecção de ata pelo assistente técnico defensivo" e ordenou que o processo que envolve um terreno em São Bernardo do Campo (SP) retorne à fase de alegações finais para garantir o amplo direito de defesa.
Anteriormente, Fachin havia garantido "acesso restrito" ao acordo, mas, após novo entendimento da Segunda Turma do STF que define que os réus devem falar por último mesmo em caso de delações premiadas, ele decidiu que o acesso deveria ser total.
Essa posição de Dodge deve ser uma das últimas tomadas pela procuradora no exercício da PGR, que será transmitida no dia 17, provavelmente, a Augusto Aras, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro. Aras ainda será sabatinado no Senado e deve ter seu nome aprovado pelos parlamentares.