Gilmar Mendes suspende audiências em caso de corrupção envolvendo o tucano Beto Richa

A Operação Rádio Patrulha investiga pagamentos de propina no programa “Patrulha do Campo”, responsável por obras em estradas rurais do estado. Richa é investigado pelos crimes de corrupção passiva e fraude à licitação

Beto Richa ao lado do amigo Aécio Neves (Arquivo)
Beto Richa ao lado do amigo Aécio Neves (Arquivo)
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Em um de seus primeiros atos após as férias forenses, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu nesta sexta-feira (2) as audiências da Operação Rádio Patrulha, atendendo a pedido da defesa do ex-governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), alvo da investigação. Inscreva-se no nosso Canal do YouTube, ative o sininho e passe a assistir ao nosso conteúdo exclusivo A Operação Rádio Patrulha investiga pagamentos de propina no programa “Patrulha do Campo”, responsável por obras em estradas rurais do estado. Richa é investigado pelos crimes de corrupção passiva e fraude à licitação, que teriam sido praticados entre 2011 e 2018. Gilmar e Richa Em 11 de setembro de 2018, a política paranaense foi surpreendida com a Operação Rádio Patrulha, deflagrada pelo Gaeco. Beto Richa, sua esposa, Fernanda, e seu irmão, José Richa Filho, além de vários empresários, foram presos. Três dias depois, Gilmar Mendes suspendeu as prisões, concedendo habeas corpus a Richa, extensivo a todos os outros acusados, acatando o argumento da defesa, de que as prisões eram intempestivas. Em janeiro, o juiz Paulo Sérgio Ribeiro, da 23ª Vara Federal de Curitiba, decretou nova prisão de Beto Richa a pedido do Ministério Público Federal (MPF) em um desdobramento da Operação Integração – que foi uma fase da Lava Jato, que investigou a concessão de rodovias no Paraná. Porém, seis dias depois, Richa conseguiu, mais uma vez, a liberdade. O presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro João Otávio de Noronha, concedeu habeas corpus solicitado pela defesa do tucano. No despacho, o ministro justificou a concessão do habeas corpus por não enxergar necessidade da prisão preventiva, já que Richa, à época dos desdobramentos da investigação, deixou o governo, disputou eleição e ainda foi derrotado. Para Noronha, a “situação fática mudou completamente”. Richa voltou a ser preso em março deste ano por supostos desvios de dinheiro na construção de diversas escolas estaduais, alvo da Operação Quadro Negro, desencadeada na manhã desta terça-feira. Segundo as investigações, a Construtora Valor recebeu cerca de R$ 20 milhões pelos contratos firmados com o poder público, mas não entregou as obras.
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