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Há mais de 30 anos em Fernando de Noronha, o analista ambiental José Martins foi transferido pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, do arquipélago para unidade de conservação no sertão pernambucano. Salles busca acabar com a taxa de acesso para visitantes e quer aumentar o número de voos para a ilha, pautas levantadas por Jair Bolsonaro.
A decisão foi divulgada na quinta-feira (1) pelo presidente do ICMBio, Homero de Giorge Cerqueira, após reunião com Salles. O governo pretende expandir o turismo no arquipélago e, para isso, tem tirado quem se opões do caminho. Bolsonaro, que considera a taxa de Noronha "um roubo", quer o fim do pedágio, enquanto Salles pretende liberar voos noturnos para Noronha e permitir a pesca de sardinha.
José Martins é um dos críticos ao aumento na visitação em Fernando de Noronha, que já está acima do limite permitido. Em entrevista ao G1 em janeiro, ele destacou que o aumento ocorre em todos os meses do ano. "A experiência que se quer é de que o visitante cumpra o papel dele de conservação do meio ambiente", disse à época.
Martins é o segundo a ser removido de Noronha após os polêmicos projetos do goveno. Em fevereiro, Felipe Mendonça, ex-chefe do parque, foi tirado da função à mando do ministro. Ele era crítico ao aumento no número de turistas e condenava a concessão de alvarás para a construção e ampliação de pousadas no arquipélago.