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O subprocurador Antônio Carlos Simões Martins Soares, indicado por Flavio Bolsonaro para a Procuradoria-Geral da República (PGR), tem mentido ao dizer que os ministros Dias Toffoli e Luiz Fux o apoiam. A afirmação causou perplexidade no Supremo Tribunal Federal (STF).
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De acordo com a coluna de Mônica Bergamo, os dois ministros, na verdade, defenderam a recondução de Raquel Dodge ao cargo. Porém, como as chances de Dodge eram pequenas e ela deixará o comando da PGR em setembro, Fux e Toffoli se distanciaram do processo de escolha do novo procurador-geral.
O favorito de Jair Bolsonaro para a Procuradoria já respondeu a um processo por delitos contra a fé pública. Soares foi acusado de falsificar a assinatura de um advogado em 1995. O STF concedeu habeas corpus e o processo foi encaminhado ao STJ, mas o caso acabou prescrevendo e Soares não foi julgado.
Dentro do Ministério Público Federal (MPF), Simões é visto como "desconhecido" por todas as alas que compõem a Procuradoria. A rejeição a ele é tamanha que ministros do STF temem que o nomeado por Flavio passe por momentos de isolamento e resistência. Deltan Dallagnol, por exemplo, já tem se pronunciado contra à indicação deste que é o nome mais cotado ao cargo. “O que deseja com esta nomeação?”, é uma das perguntas que aparecem no Twitter de Dallagnol, que tem compartilhado diversas publicações contrárias ao novo PGR. “A quem interessa um MP fraco, disfuncional e dependente?”, compartilhou o procurador.