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Nesta terça-feira (13) está marcada a terceira grande mobilização contra os cortes na Educação promovida pela União Nacional dos Estudantes (UNE). Depois de dois grandes atos em maio deste ano, a entidade convocou mais uma vez os estudante às ruas para mais um "tsunami", que também surge contra o projeto Future-se do Ministério da Educação (MEC).
As duas manifestações não fizeram o ministro da Educação, Abraham Weintraub, recuar, mas tiveram grande influência na opinião pública, que passou a rechaçar as políticas do governo Bolsonaro para a Educação. Segundo pesquisas do Datafolha, essa foi a área que o governo apresentou maior oscilação negativa perante a opinião pública nos últimos meses.
O “3º Ato em Defesa da Educação” como vem sendo chamado, foi convocado durante o 57º Congresso da UNE, em julho, e vem sofrendo retaliação do MEC. Weintraub, que já exaltou a agressão de militares contra manifestantes, convocou a Força Nacional para agir contra os estudantes.
Em nota assinada pela UNE e mais 180 organizações estudantis, a entidade reconhece o Future-se como "uma entrega das universidades à uma dependência do setor privado e uma desresponsabilização do governo de financiamento público à educação superior". "Isso também significa retirar a autonomia didático-científica e administrativa das universidades, para ficarem cada vez mais à mercê de interesses privados que buscarão retornos de seus investimentos, acabando com a base de financiamento público da universidade”, diz trecho do texto.
Nesta segunda-feira (12), a entidade entrou com um mandado de segurança contra o uso da Força Nacional para reprimir atos. "A UNE vê com surpresa e preocupação a Portaria que, ilegal e imotivadamente, autoriza o uso da Força Nacional de Segurança Pública para preservação da ordem durante um ato de estudantes que pacifica e ordeiramente se posicionam contra atos do Ministérios da Educação, sem oferecer qualquer risco à incolumidade das pessoas e do patrimônio público”, diz trecho da petição enviada ao Supremo Tribunal de Justiça.