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O ministro da Ciência e Tecnologia está preocupado com a falta de verba para a sua pasta. Seguidos cortes orçamentários fazem com que Marcos Pontes não tenha perspectivas positivas para garantir as mais de 80 mil bolsas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Ele cobra do governo federal a aprovação de um crédito adicional de R$ 310 milhões para que possa pagar todos os pesquisadores. Com o dinheiro que a pasta tem em caixa atualmente, o auxílio para pesquisa não consegue chegar no mês de outubro. “Esses dinheiro têm que vir como crédito para o CNPq para manter essas bolsas, senão não funciona. O tempo está passando", declarou.
A pouco tempo, ministros que antecederam Pontes na gestão da pasta lançaram um manifesto apontando erros e criticando os cortes sofridos pelo ministério. Mantendo a fama de conciliador, Pontes afirmou que recebeu bem o documento e o avaliou de forma positiva. “Achei excelente a ideia de eles se juntarem a mim nesta batalha. Eles certamente tentaram lá atrás reverter situação e não conseguiram. Agora, quem sabe, juntos, nós não consigamos reverter”.
O objetivo de Marcos Pontes é que seu ministério tenha o mesmo orçamento que teve em 2010, durante o governo Dilma Rousseff. Neste período, a verba investida em Ciência e Tecnologia chegou a R$ 6 bilhões. Diante das promessas de Bolsonaro e Paulo Guedes, que garantiram que ele teria os recursos solicitados, Pontes expressou certa ansiedade para que isso se concretize. “Agora, a gente está esperando. Eu quero ver no número”.