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Afastado da força-tarefa em abril, o procurador da República Diogo Castor financiou outdoors com uma campanha de apoio à Lava Jato. A propaganda foi instalada em março deste ano na rodovia de acesso ao aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. A peça trazia imagens de nove procuradores e a seguinte mensagem: “Bem-vindo a República de Curitiba – terra da Operação Lava Jato – a investigação que mudou o país. Aqui a lei se cumpre. 17 de março, cinco anos de Operação Lava Jato – O Brasil Agradece”.
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Reportagem de Thiago Herdy, na revista Época, informa que, em depoimento à Polícia Federal nesta semana, o hacker Walter Degatti, preso em Araraquara, revelou o financiamento ao acessar conversas particulares entre o procurador e seus colegas.
O pagamento dos outdoors teria sido criticada pelos próprios colegas, que entenderam ser conflituoso com o exercício da função, e motivado a saída de Castor da Lava Jato.
Porém, na época, seus colegas justificaram a saída por conta de uma recomendação médica, sem mencionar a questão dos outdoor, que foi instalado em março. Na ocasião, coletivos de advogados criticaram a veiculação da peça por entender que ela feria "o princípio constitucional da impessoalidade".
A saída de Castor ocorreu também pouco tempo depois da publicação de um artigo de sua autoria no site "O Antagonista", com críticas ao risco de o Supremo Tribunal Federal (STF) transferir para Justiça Eleitoral a apuração de crimes de caixa 2, mesmo quando houvesse indícios da coexistência de crimes como lavagem de dinheiro, corrupção e pertencimento à organização criminosa.