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Mesmo que o número de mulheres eleitas como deputadas tenha quebrado um recorde em 2018, o impacto disso ainda é pequeno, fazendo com que a Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher continue na luta para aumentar a representatividade.
Atualmente, o grupo luta para que uma cota de 20% das cadeiras sejam destinadas para parlamentares mulheres. O movimeto é liderado por Luísa Canziani (PTB-PR), que, em entrevista ao Estadão, celebrou o avanço, mas ressaltou que o número ainda é pequeno. “Nós, mulheres somos a maioria da população, do eleitorado, somos mais escolarizadas, mas ainda representamos 15% do número de eleitas. Se aumentar o número de mulheres, vamos ter ganhos em termos de qualidade legislativa.”
Em uma série de infográficos feitos pelo Estado de S. Paulo, foi levantado que o número de parlamentares aumentou de 51 para 77 nas eleições de 2014 para as de 2018. No entanto, dos 1.060 parlamentares eleitos, apenas 163 são mulheres - o que representa uma grande falha na representação de gênero na política, pois 52.5% dos 147 milhões de eleitores são mulheres.
Ainda segundo o levantamento, o Amapá apresenta a maior presença de mulheres entre os parlamentares, com 33,3%. Em seguida vem Roraima, com 29% de deputadas. No atual cenário, existe um cenário ainda mais preocupante no Mato Grosso do Sul. Nenhuma mulher foi eleita entre os parlamentares em 2018.
No Brasil, a região Norte possui a maior representação feminina: 37 das 185 vagas de deputados federais são ocupadas por mulheres.
O Movimento Transparência Partidária fez um levantamento que mostra que, de 2008 a 2018, a taxa de eleição das mulheres entre os parlamentares foi de 6%; outro fator apresentado pela pesquisa é que o número de mulheres filiadas passou de 5,5 milhões em 2008 para 7,4 milhões em 2018.