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POLÍTICA
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Antes de ameaçar fechar a Anvisa caso haja liberação do canabidiol, o ministro da Cidadania, Osmar Terra, recebeu em Brasília representantes de um laboratório do Paraná que fabrica um ativo artificial que busca competir com o medicamento feito com cannabis sativa.
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Segundo a coluna Painel, da Folha, Terra recebeu os representantes paranaenses no dia 11 de julho, cerca de duas semanas antes de polêmica declaração contra a Anvisa. Na reunião, vídeos "denunciando" casos de intoxicação de crianças teriam sido exibidos.
O convencimento e os ataques de Terra vieram sem sequer conversar com o principal laboratório que fabrica o canabidiol (CBD) no Brasil, a carioca Hempmeds. Segundo a empresa, os medicamentos de cannabis atuam através de receptores encontrados no sistema nervoso de todo o corpo e não apresenta efeitos psicoativos, nem dependência ou gera crises de abstinência. A principal patologia tratada pelo CBD é a epilepsia, mas cada ano cresce o número de patologias afetadas pelo CBD, como o autismo e o câncer.
Nos últimos anos, as autorizações da Anvisa ao medicamento saltou 500%, chegando a aproximadamente 2.371 novos pedidos para importação do CBD, além de quase 1.242 reavaliações de solicitações anteriores.
Na quarta-feira (24), Terra considerou que a Anvisa atua enfrentando o governo motivada por um "movimento pró-liberação da maconha". "Pode ter ação judicial. Pode até acabar a Anvisa, sei lá, entendeu? A Anvisa está enfrentando o governo. É um órgão do governo enfrentando o governo", declarou.
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