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Walter Delgatti Neto, preso na última terça-feira, suspeito de ter hackeado contas do Telegram de procuradores da Lava Jato e do ministro da Justiça, Sérgio Moro, confirmou que enviou as mensagens hackeadas para o The Intercept de forma anônima, voluntária e sem nenhuma cobrança financeira por isso. Os contatos foram feitos de forma virtual com o fundador e editor do site, Gleen Greenwald, através do Telegram.
As conversas com o jornalista ocorreram após o ataque ter sido feito nos aparelhos celulares dos membros do Ministério Público Federal. A motivação para a invasão das contas, segundo Delgatti, foi a insatisfação pessoal com os rumos que a operação Lava Jato tinha tomado.
Gleen Greenwald afirmou em seu Twitter nesta quinta-feira que reconhece os contatos e a versão dada pelo hacker para os policias federais.
“Dada essa informação nova e verdadeira, a única maneira pela qual Bolsonaro e Sergio Moro podem criminalizar nosso jornalismo é se renunciarem a qualquer pretensão de que o Brasil ainda é uma democracia. Em nenhuma democracia está denunciando um crime”, postou. A Polícia Federal agora tenta saber se Delgatti realmente agiu de de espontânea vontade e sem cobrar. Segundo investigadores, não há provas que ocorreram pagamentos em troca do material. Com informações da FolhaDada essa informação nova e verdadeira, a única maneira pela qual Bolsonaro e Sergio Moro podem criminalizar nosso jornalismo é se renunciarem a qualquer pretensão de que o Brasil ainda é uma democracia. Em nenhuma democracia está denunciando um crime: https://t.co/RUbCum4aTd pic.twitter.com/5CA445b3Yw
— Glenn Greenwald (@ggreenwald) July 25, 2019