Alcione exige respeito de Bolsonaro com o povo nordestino: "Quem quer respeito, se dá"

"O senhor tem medo de facada, tem medo de tiro, mas o senhor precisa ter medo do pensamento. O pensamento é uma força. Pense em mais de 30 milhões de nordestinos pensando contra o senhor?", disse a cantora em vídeo divulgado nas redes sociais. Assista

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A cantora Alcione foi mais uma entre as milhares de pessoas que se somaram à campanha virtual em defesa da população nordestina após os ataques preconceituosos de Jair Bolsonaro contra a região. Em vídeo divulgado nas redes sociais, na manhã deste sábado (20), a Marrom, como é carinhosamente chamada, disse que não se arrepende de não ter votado no capitão da reserva e exigiu respeito do presidente. "Meu pai sempre me dizia, que meu avó já dizia para ele: quem tem respeito, se dá. E o senhor não está se dando respeito. O senhor precisa respeitar o povo nordestino. Respeite o Maranhão. O senhor tem medo de facada, tem medo de tiro, mas o senhor precisa ter medo do pensamento. O pensamento é uma força. Pense em mais de 30 milhões de nordestinos pensando contra o senhor? Comece a nos respeitar. Respeite o povo brasileiro", afirmou, com o dedo em riste.
Alcione é natural do Maranhão, estado citado nominalmente pelo presidente em sua fala xenófoba. Preconceito Nesta sexta-feira, pouco antes de um café da manhã com jornalistas em Brasília, Bolsonaro afirmou que “dos ‘governadores de Paraíba’, o pior é o do Maranhão. Não tem que ter nada com esse cara”, sem saber que seu áudio estava aberto para uma transmissão ao vivo. A reação foi imediata. Os governadores dos nove estados do Nordeste publicaram, no mesmo dia, uma carta de repúdio às afirmações do presidente. A nota pede esclarecimentos por parte do presidente em relação à sua fala, além de reiterar a defesa da Federação e da democracia. Leia também Ataque de Bolsonaro contra nordestinos alavanca a tag #OrgulhoDoNordeste Antes disso, o próprio governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), que foi citado por Bolsonaro, se pronunciou sobre o assunto. “Independentemente de suas opiniões pessoais, o presidente da República não pode determinar perseguição contra um ente da Federação”, publicou Flávio Dino em seu Twitter. “Seja o Maranhão ou a Paraíba ou qualquer outro Estado. ‘Não tem que ter nada para esse cara’ é uma orientação administrativa gravemente ilegal”, afirmou. https://youtu.be/UtQJaXRyPjM