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Durante a audiência que acontece na tarde desta terça-feira (2) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, o clima esquentou quando o deputado Paulo Pimenta (PT-RS) propôs uma solução para que não reste mais dúvidas sobre a autenticidade das conversas que vêm sendo vazadas entre o ministro da Justiça, Sérgio Moro, e procuradores da Lava Jato. O objetivo da audiência é, justamente, que Moro preste esclarecimentos sobre o conteúdo dos diálogos.
Ao longo de toda a audiência, Moro vem afirmando que não pode dizer se as conversas são autênticas ou não pois as mensagens já teriam sido apagadas. Depois de fazer alguns questionamentos, Pimenta, então, sugeriu que o ex-juiz fizesse uma manifestação formal ao aplicativo Telegram para acabar com a "celeuma" sobre a veracidade das conversas com procuradores. Faz uma manifestação formal ao Telegram, autorize que as autoridades tenham acesso ao seu sigilo bancário. Assim vamos saber, de fato, se o senhor tinha ou não uma conduta ilegal nesse processo", disse o deputado.
Em meio às críticas de deputados da base governista, Pimenta, então, mostrou um documento. "Eu tenho uma declaração que, se o senhor quiser, pode assinar hoje", afirmou. O deputado segurava uma declaração pronta para que Moro apenas assinasse, autorizando o Telegram a buscar as mensagens em seus servidores no caso de elas ainda estarem lá.
Apesar da insistência de Pimenta para que Moro respondesse aos seus questionamentos, o ministro se limitou a dizer que "eram muitas perguntas" e que "no momento não cabe fazer avaliação de decisões já tomadas".