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POLÍTICA
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Alguns incidentes entre os parlamentares marcaram a audiência do ministro da Justiça, Sérgio Moro, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, nesta terça-feira (2).
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Um dos mais graves deles foi quando o deputado Waldir Soares (PSL-GO) acusou o colega David Miranda (PSOL-RJ) de “terrorista”, pelo fato dele ter sido detido para interrogatório no aeroporto de Londres, em 2013, quando trabalhava como jornalista investigativo.
Após a acusação, o presidente da mesa, deputado Felipe Francischini (PSL-PR) deu um minuto de resposta a David Miranda, apesar dos protestos de parlamentares de direita.
Em sua resposta David Miranda disse: “Eu fui citado como terrorista quando eu fazia um trabalho para a nação brasileira, demonstrando jornalisticamente que a nossa Petrobras estava sendo espionada, que o ministro das Minas e Energia estava sendo espionado, que presidentes deste país estavam sendo espionados. Eu fui torturado pelo governo da Inglaterra durante 9 horas, por fazer um serviço pela minha pátria. Eu voltei pro Brasil, iniciei um processo contra aquele país e ganhei, em janeiro de 2016. Nunca o governo da Inglaterra me colocou no pedestal de terrorista. Esta Casa ter pares que peçam aqui para que eu seja deportado, junto com o meu marido, é uma falácia, é uma agressão à democracia. Principalmente porque eu sou eleito pelo Estado do Rio de Janeiro, e meu marido fez um trabalho jornalístico impecável antes, e continua fazendo agora. Espero que o ministro responda as minhas perguntas”.
O Twitter da bancada do PSOL na Câmara também respondeu aos ataques do PSL:
"Eu fui acusado de terrorismo quando estava prestando um serviço à pátria. Carregando informações sobre a espionagem na Petrobras. Fui torturado por 9 horas na Inglaterra, processei o país e venci. O jornalismo feito pelo meu marido foi e é impecável", @davidmirandario na CCCJ.
— PSOL na Câmara (@psolnacamara) 2 de julho de 2019