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O presidente não quis comentar o assunto em público, mantendo seu respaldo ao general Augusto Heleno, ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), restrito a uma ligação telefônica. Por sua parte, o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) continuou com sua série de comentários, e lançou uma indireta ao filho do vice-presidente Hamilton Mourão.
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Segundo a Folha de São Paulo, Bolsonaro ligou para Heleno na manhã desta terça-feira (2). Assessores presidenciais ouvidos pelo jornal paulista disseram que Bolsonaro tentou evitar que a situação ganhasse maiores dimensões, e pudesse afetar a agenda do governo, especialmente o trâmite da reforma da Previdência.
Contudo, o presidente não quis comentar o assunto em público. No almoço realizado no Ministério da Defesa, Bolsonaro afirmou que as perguntas sobre o tema deveriam ser direcionadas ao vereador, e não a ele.
A nova disputa interna dentro do bolsonarismo começou nesta segunda-feira (1), quando Carlos fez um comentário na página onde um suposto jornalista acusava Heleno e a FAB (Força Aérea Brasileira) de serem cúmplices do sargento Manoel Silva Rodrigues, o militar que foi preso na Espanha portando 39 kg de cocaína.
Esta não é a primeira (será a última) vez que Carlos Bolsonaro entra em atrito direito com um membro do governo de seu pai. Entre março e maio deste ano, o vereador trocou farpas pela imprensa e pelas redes sociais com o vice-presidente Hamilton Mourão e com o ex-ministro da Secretaria de Governo, Carlos Alberto dos Santos Cruz – cuja queda é atribuída ao filho do presidente, segundo rumores de Brasília.
Aliás, nesta mesma semana, Carlos Bolsonaro também se voltou contra Mourão, ironizando a ascensão de seu filho dentro do Banco do Brasil.