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O presidente Jair Bolsonaro afirmou que o anúncio sobre a liberação para saques do FGTS seria feito nesta quinta-feira (18) pelo ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. Porém, houve um recuo do governo por conta da pressão feita por representantes da Câmara Brasileira da Indústria e Construção.
De acordo com os empresários o governo não poderia liberar os saques sem antes consultar o Ministério da Economia sobre as mudanças. O setor tem medo que essa medida do Planalto prejudique ainda mais o setor que está em crise há algum tempo. O FGTS costumar movimentar cerca de R$ 100 bilhões e se o governo colocasse em ação o plano de saque neste momento, aproximadamente de 30% desse valor, o financiamento de imóveis poderia ser comprometido.
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Lorenzoni garante que a proposta para o FGTS está em fase sendo debatida pela equipe econômica e que foi decidido adiar o anúncio após reunião da Junta de Execução Orçamentária. Onyx prometeu que a medida que será anunciada não vai atrapalhar o uso do fundo para o financiamento habitacional.
Quem fez sérias críticas às atitudes do governo federal foi o economista e professor da Unicamp, Márcio Pochmann. “Mediocridade na análise econômica midiática esconde efeito perverso da liberação de saques do FGTS que descapitaliza a maior fonte de financiamento da habitação e infraestrutura urbana, cuja queda líquida desde 2015 torna negativo o seu saldo em 2019 e limita a geração de emprego”, disse.