Desembargador do TRF-4 nega ter dado ordem para manter Lula preso após liminar

O caso ocorreu em julho de 2018, quando o desembargador Rogério Favreto emitiu um habeas corpus ao ex-presidente, que foi revertido por decisão de Thompson Flores, horas depois.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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O desembargador federal Carlos Eduardo Thompson Flores, ex-presidente do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), afirmou ser falsa a versão de que ele teria feito uma ligação ao diretor da PF (Polícia Federal), Rogério Galloro, para impedir a soltura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Inscreva-se no nosso Canal do YouTube, ative o sininho e passe a assistir ao nosso conteúdo exclusivo A declaração foi dada em entrevista à Folha de São Paulo, publicada nesta quarta-feira (10) e remete à jornada de 8 de julho de 2018, quando o também desembargador Rogério Favreto emitiu um habeas corpus ao ex-presidente, o que terminou não sendo cumprido, após uma série de idas e voltas judiciais publicadas naquele mesmo dia. Naquele momento, Thompson Flores era o presidente do TRF-4, e foi dele a decisão, no final do dia, de derrubar a liminar de Favreto. Porém, ele assegura que não ligou ao comando da PF para que Lula fosse mantido na prisão até que ele pudesse publicar sua determinação. Thompson Flores deixou a presidência do TRF-4 no mês passado, mas continua fazendo parte do tribunal, integrando a 8ª Turma, justamente a que julgará o recurso contra a condenação no caso do sítio de Atibaia. A defesa de Lula considera que há suspeição de Thompson Flores, e tenta afastá-lo do caso. Para isso, os defensores usam como argumento uma entrevista de Rogério Galloro ao Estadão, onde ele conta que “depois foi o (presidente do TRF-4) Thompson (Flores) que nos ligou, e disse `eu estou determinando, não soltem´. O telefonema dele veio antes de expirar uma hora. Valeu o telefonema”. O pedido da defesa será analisado pela desembargadora Cláudia Cristofani, da 4ª Seção do TRF-4.