Para livrar imagem do caso, Bolsonaro cita Indonésia e defende pena de morte a militar preso com cocaína

Em coletiva para a imprensa neste sábado (29), durante a cúpula do G20, no Japão, o presidente brasileiro disse que gostaria que o sargento tivesse sido detido na Indonésia, país onde o tráfico de drogas pode levar à pena de morte.

Foto: Alan Santos/PR
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Diante da insistência da imprensa por declarações sobre o caso do militar da sua comitiva que foi preso na Espanha, na última terça-feira (25), com 39 kg de cocaína, Jair Bolsonaro vem adotando discurso que visa desvencilhar sua imagem do escândalo. Inscreva-se no nosso Canal do YouTube, ative o sininho e passe a assistir ao nosso conteúdo exclusivo Em coletiva para a imprensa neste sábado (29), durante a cúpula do G20, no Japão, o presidente brasileiro disse que gostaria que o sargento tivesse sido detido na Indonésia, país onde o tráfico de drogas pode levar à pena de morte. “Pena que aquele elemento traiu a confiança não foi para a Indonésia, para ter o mesmo destino que o Archer teve no passado”, disse o mandatário, recordando o caso do instrutor de voo livre Marco Archer, que foi preso no país asiático em 2004, pelo porte de 13 kg de cocaína, e executado em 2015. Além disso, Bolsonaro assegurou que todas as bagagens que entram no avião presidencial são amplamente revistadas, inclusive as do presidente da República – o que não explica como o sargento Manuel Silva Rodrigues conseguiu levar sua sacola com 39 kg de cocaína, mas o próprio presidente, justificou dizendo que sargento teria se aproveitado do fato de ser um dos comissários de bordo para chegar antes da vistoria, e entrar com a cocaína no avião. A informação publicada pela Guarda Civil espanhola, responsável pelo controle aduaneiro no país ibérico, é de que a droga estava dividida em 37 pacotes, escondidos dentro da bagagem de mão do sargento. Portanto, deveria ser de fácil vistoria, mesmo no Brasil.