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A Secretaria de Segurança Pública (SSP) afirmou, em nota, que dois policiais de São Paulo foram presos sob a suspeita de terem estuprado uma moça de 19 anos, dentro de uma viatura policial, ambos fardados e em serviço, em Praia Grande (litoral paulista), no último dia 12.
Os dois estão presos preventivamente, desde o último dia 19, no Presídio Romão Gomes, na Capital. O caso segue em investigação na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Praia Grande e pela Corregedoria da PM, que instaurou um inquérito Policial Militar (IPM).
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Laudo pericial aponta indícios de violência sexual contra a jovem. O crime teria acontecido na Área de Lazer Ézio Dall'Acqua, o Portinho, em Praia Grande (foto). A informação é da Ouvidoria da Polícia do Estado de São Paulo.
A vítima procurou os policiais militares por volta das 23h30, próximos a um shopping de Praia Grande, para pedir uma informação. Um dos PMs passou a perguntar se ela era casada, se era maior de idade, e “na sequencia chamou seu colega de cano e os dois conversaram por uns minutos e, quando voltaram, ofereceram carona”.
“Perguntaram se era menor de idade porque, mesmo com 19 anos, parece ter uns 15, de tão pequena e magrinha”, disse o ouvidor Benedito Mariano, que ouviu a garota por três horas na última segunda (24).
A vítima aceitou a corona, mas, ao entrar no banco de trás do carro, um dos PMs sentou-se ao lado e imediatamente começou a assediá-la sexualmente. O policial teria obrigado a vítima a fazer sexo oral nele, usando a força, e na sequência, teria chegado ao ato sexual usando violência.
De acordo com o ouvidor, ele e seus assistentes que acompanharam as declarações, acreditaram na versão contatada. “Ficamos convencidíssimos de que ela está dizendo a verdade”, disse Mariano.
“Do ponto da natureza do crime e dentro de viatura, acho que este é o caso mais absurdo que já vi em mais de 40 mil casos que acompanhei como ouvidor.”
A Corregedoria da Polícia Militar solicitou a prisão após encontrar inconsistência na versão apresentada pelos soldados e, ainda, receber o resultado do exame do IML (Instituto Médico Legal) que reforça as suspeitas de violência sexual.
“É lamentável que o episódio dessa natureza tenha sido promovido por policiais militares, fardados e de serviço”, diz trecho do pedido de prisão assinado pela capitão Larissa Helena Adão, presidente do Inquérito Policial Militar.
Benedito Mariano diz que o crime se torna mais grave por ferir a imagem da corporação. “Não é um caso de natureza policial, com excesso. É um crime bárbaro, covarde, grotesco, que não se espera ser cometido por alguém que é responsável para garantir segurança das pessoas”, disse o ouvidor.
Com informações da Folha e da Tribuna, de Santos