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POLÍTICA
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Na chegada ao Japão na madrugada desta quinta-feira (27), onde participa da reunião do G20, Jair Bolsonaro (PSL) mostrou-se extremamente irritado com perguntas de jornalistas e se calou sobre o caso do militar que traficava 39 quilos de cocaína em um avião da comitiva presidencial.
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Bolsonaro se mostrou irritado ao menos duas vezes durante a conversa com repórteres em Osaka e voltou a atacar a imprensa após ser questionamento sobre as críticas da primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel, em relação à política ambiental do governo brasileiro.
"Não interessa, e deixa eu terminar o raciocínio. Então tem que se fazer a filtragem [sobre o que a imprensa publica] para não se deixar contaminar por parte da mídia escrita em especial", afirmou, ao ser informado que as críticas de Merkel tiveram grande repercussão na Alemanha.
Bolsonaro não se mostrou disposto a encontrar com a líder alemã, que disse que pretende aproveitar o G20 para ter uma "discussão clara" com ele.
"Eles [alemães] têm a aprender muito conosco. O presidente do Brasil que está aqui não é como alguns anteriores que vieram aqui para serem advertidos por outros países. Não, a situação aqui é de respeito para com o Brasil. Não aceitaremos tratamento como no passado de alguns casos de chefes de estado que estiveram aqui", disse.
Falar e ouvir
Bolsonaro também se mostrou irritado quando perguntado sobre detalhes da mensagem que deixará no G20, se limitando a responder que foi ao Japão para "falar e ouvir".
Após insistência dos jornalistas, Bolsonaro ficou em silêncio por alguns minutos e seguiu sua fala com irritação "Quer que eu fale o que?", emendou afirmando que tratará de indústria, internet e meio ambiente.
"Tudo que estiver na pauta nós falaremos, bem como vão nos questionar alguma coisa, tenho certeza, e estamos prontos para responder", disse, encerrando a entrevista sem tocar no militar acusado de tráfico de cocaína no avião da presidência.
Porta-voz
Em entrevista, o porta-voz da Presidência, general Otávio do Rêgo Barros, negou que a irritação de Bolsonaro estaria ligada ao tráfico internacional de drogas no avião da comitiva
"Não, tem a ver com ele ter chegado de viagem tendo que chegar aqui para descansar para amanhã estar disposto para cooperar no G20 e no Brics para que todos os países que estão aqui envolvidos possam sair daqui com coisas que sejam palpáveis", afirmou.