Escrito en
POLÍTICA
el
Após investigar denúncias, a Polícia Federal descobriu em abril conversas na chamada dark web em que os envolvidos tratavam, desde 2018, de ameaças de morte e planos contra a deputada federal Talíria Petrone (PSol-RJ). A informação foi publicizada nesta quinta-feira (27) pela assessoria do partido na Câmara. De acordo com a nota, a própria PF entrou em contato com a polícia legislativa e com o presidente da casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ) para sugerir proteção policial para a deputada, que está em seu primeiro mandato.
Desde então, ela está sendo acompanhada por agentes da Polícia Legislativa em todos os lugares nos quais circula em Brasília.
Inscreva-se no nosso Canal do YouTube, ative o sininho e passe a assistir ao nosso conteúdo exclusivo
Talíria já foi vereadora na cidade de Niterói (RJ) e já tinha recebido ameaças pelas redes sociais, mas o caso investigado pela PF é, segundo ela, o de maior gravidade e o primeiro depois que ela assumiu o posto no Legislativo federal. “Desde o mandato de vereadora a agente já viveu muitas situações de ameaças seja na internet até no período da campanha para deputada, quando teve gente armada na porta do comitê”, relata Talíria Petrone.
Diante da gravidade do teor das ameaças, a própria PF informou o caso ao presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia. Prontamente, Maia enviou ofício ao governador do Estado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, solicitando que o governo estadual garanta proteção e escolta 24 horas quando a parlamentar estiver no Rio.
O primeiro ofício de Maia foi enviado em 23 de abril. Diante do silêncio do governador o presidente da Câmara Federal enviou novo ofício reiterando a solicitação no dia 10 de maio. A bancada do PSOL também enviou ofício ao governador pedindo para tratar do assunto. Mas, até o momento, não há qualquer resposta sobre a solicitação.
O caso estava sendo tratado com sigilo, conforme sugerido pelos órgãos de segurança. Porém, devido ao total descompromisso do governo do Rio com a segurança de uma parlamentar federal, o PSOL resolveu trazer a público o caso a fim de buscar uma solução pública.
“A gente tem limitado algumas agendas, mas isso fica muito complicado porque nosso mandato é muito territorial, temos isso como essência do mandato, circular nos territórios e fazer agendas nas praças, então temos limitado agenda e andado com carro blindado”, afirma a deputada. As investigações seguem em curso.