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Mesmo tendo quebrado a promessa de comparecer em uma audiência na Câmara dos Deputados agendada para a próxima quarta-feira (26), o ministro Sérgio Moro não deverá fugir dos parlamentares da Casa por muito tempo. Signatário de dois requerimentos de convocação para Moro explique sua interferência nos processos da operação Lava Jato e as denúncias feitas pelo site The Intercept Brasil, o vice-líder do PCdoB, deputado federal Márcio Jerry (PCdoB-MA), prometeu não dar trégua ao ministro.
“Ministro Sérgio Moro terá que ir à Câmara prestar esclarecimentos. Convites já aprovados em Comissões podem ser transformados em convocação caso ele insista em não marcar a data de comparecimento”, afirmou Jerry em seu Twitter.
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A presença do Moro era esperada após um acordo ter sido selado entre presidentes de quatro Comissões da Casa – Constituição e Justiça e de Cidadania, Direitos Humanos e Minorias, Fiscalização Financeira e Controle e Trabalho, de Administração e Serviço Público – e o líder do Governo na Câmara, deputado Major Vitor Hugo (PSL-GO). Os requerimentos, todos de convocação, foram alterados para convite para assegurar a presença do número 1 da Justiça, antes da quebra do acordo.
A possibilidade de convocação do ministro também será avaliada em reunião da Oposição, marcada para a tarde desta terça-feira (25). Nesta semana, parlamentares também ouvirão explicações do diretor do site The Intercept, Glenn Greenwald, responsável pela divulgação de supostos diálogos entre o ex-juiz e membros da força-tarefa da Lava Jato. As conversas apontam possível colaboração entre os envolvidos.
A agenda do ministro foi modificada no último sábado (22) com a justificativa de que representantes do Governo fariam uma visita aos “principais órgãos de segurança e inteligência” dos Estados Unidos. Já o procurador da Lava Jato, Deltan Dallagnol viajou ao Michigan, como convidado, para uma palestra. Amanhã (25), o editor The Intercept Brasil, jornalista Glenn Greenwald, falará, às 15 horas, sobre a atuação de juízes e procuradores brasileiros na Comissão de Direitos Humanos.