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O governo Jair Bolsonaro (PSL) nomeou, no ultimo dia 12 de junho, a professora Mirlene Ferreira Macedo Damázio, reitora temporária da Universidade Federal da Região da Grande Dourados (UFGD), no Mato Grosso do Sul. A reitoria costuma ser definida pela instituição, mas é a primeira vez, em ao menos 15 anos, que um presidenciável interfere desta forma em uma universidade federal.
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Boaventura de Sousa Santos, doutor em sociologia e professor da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, gravou um vídeo em apoio às universidades. Nele, Boaventura diz que a Universidade Federal da Região da Grande Dourados é a primeira a ter lista tríplice ignorada: "me doí e quero denunciar a quebra da regra democrática que estava em vigor nas universidades do Brasil".
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Na terça-feira (18), o governo descumpriu o acordo, em outra Universidade, desta vez na UFTM (Universidade Federal do Triângulo Mineiro) onde o segundo colocado da lista tríplice de candidatos definida pela instituição, foi escolhido.
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A lei permite que o presidente escolha um dos três nomes enviados após escolha interna da universidade. Desde o governo Lula (PT), a tradição tem sido a escolha do primeiro por respeitar a vontade da comunidade. A decisão na UFTM deixou de fora o professor de filosofia e ciências sociais Fábio Fonseca, que já foi filiado ao PT e ao PSOL e havia encabeçado a lista tríplice.