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Em audiência pública na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal, o ministro da Justiça, Sérgio Moro, disse que suas mensagens são “completamente normais”, embora não possa reconhecer a autenticidade do material revelado pelo Intercept. O ex-juiz destacou que pode ter dito “algumas coisas” que foram divulgadas, mas que o conteúdo pode ter sido adulterado. Na ocasião ele negou conluio ou convergência com o Ministério Público durante a Operação Lava-Jato.
Para se defender da acusação de que houve conluio, Moro apresentou dados sobre as ações e sentenças da Lava Jato. Por exemplo, citou que houve 45 sentenças judiciais e que o Ministério Público recorreu de 44, além de que 91 dos 298 pedidos de prisão foram indeferidos. "Se falou muito em conluio. Os dados são um indicativo de que não há convergência absoluta entre ministério Público e juízo ou entre polícia e juízo".
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“Não tenho mais essas mensagens no meu aparelho celular. Utilizei o Telegram em determinando período. Em 2017, acabei achando que aquele aplicativo de origem russa não era o mais seguro”, ponderou.
Durante sua fala Moro afirma não reconhecer o conteúdo e coloca em xeque a origem dos vazamentos. Diz que não tem como verificar a autenticidade das mensagens e que o conteúdo pode ter sido parcialmente adulterado.
Sobre o "in Fux we trust", Moro diz que não se recorda e completa: "Eu posso ter mandado, confiamos no ministro X, confio no STF como instituição. Me parece sensacionalismo [a divulgação]. O veículo que divulgou quis constranger o STF, o que é especialmente grave".
O ministro ressaltou que a investigação da Polícia Federal, do qual ela é subordinada a ele, está em andamento.
No sessão ele voltou a afirmar a normalidade das relações com magistrados e partes, sobretudo, segundo ele, no direito criminal, já que o juiz fica responsável por julgar atos da investigação. “Não existe conluio nenhum”, afirmou.