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POLÍTICA
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O presidente Jair Bolsonaro voltou a atacar o ex-deputado federal Jean Wyllys com uma declaração de tom homofóbico. Na tarde desta quarta-feira (19), durante coletiva de imprensa em um evento Guaratinguetá (SP), o capitão da reserva saiu em defesa do ministro da Justiça, Sérgio Moro, e afirmou que Wyllys, junto com Glenn Greenwald e David Miranda, formam uma "trama" para tentar atingi-lo.
Greenwald é editor do site The Intercept Brasil, responsável pelas matérias que trazem conversas vazadas entre Moro e procuradores da Lava Jato que mostram uma atuação partidária do juiz na condução da operação. David Miranda é marido do jornalista.
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"Não vi nada de anormal até agora", disse Bolsonaro sobre os vazamentos, antes de disparar a declaração homofóbica.
"Esse pessoal daquele casal né, aquele casal lá, um deles esteve detido na Inglaterra há pouco tempo por espionagem, o outro aqui tem suspeita de vender o mandato, e a outra, menina namorada de outro que tá lá fora do Brasil. É uma trama", afirmou.
Um dos jornalistas que estava na coletiva tentou perguntar quem era a "menina" a quem Bolsonaro se referia, mas o presidente o ignorou.
Pelo Twitter, Glenn Greenwald comentou o caso. "Depois que seu ministro da Justiça enfrentou um senado furioso, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que a reportagem do The Intercept Brasil é uma trama minha, do David Miranda e 'da outra menina fora do país': ele se referiu a Jean Wyllys, o congressista gay que fugiu do Brasil sob ameaças de morte."
After his Justice Minister faced an angry Senate, President Jair Bolsonaro claimed @TheInterceptBr's reporting is a plot by me, @davidmirandario and "the other girl outside of the country": meaning @jeanwyllys_real, the gay male Congressman who fled Brazil under death threats. https://t.co/O13UZEdRKL
— Glenn Greenwald (@ggreenwald) 19 de junho de 2019