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As confusas trocas de comando no governo de Jair Bolsonaro não se limitam aos ministérios (com 4 ministros sendo substituídos). Segundo levantamento dos jornalistas Jussara Soares e Gustavo Maia, do O Globo, com a demissão de Joaquim Levy da presidência do BNDES, e a anunciada demissão do presidente dos Correios, Juarez Cunha, o governo já acumula 19 baixas nos cargos de segundo escalão em menos de seis meses de mandato.
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Das 19 mudanças de comando, 10 aconteceram no Ministério da Educação, o que mais evidencia o conflito entre olavistas e militares. A pasta vem sendo comandada por seguidores de Olavo de Carvalho: o atual ministro, Abraham Weintraub, e seu antecessor, Ricardo Vélez, são próximos do guru de Richmond.
A ideologização do MEC afetou funcionários de carreira, que não suportaram estar no meio do fogo-cruzado, e já levou o Inep, responsável pelo Enem, a mudar sua chefia três vezes nesse curto período de tempo.
No Ministério das Relações Exteriores, também comandado por um olavista, Ernesto Araújo, o conflito se centra na Agência de Promoção das Exportações (Apex), que já viu dois nomes alçados à direção, sendo o atual, Sérgio Segovia, um militar.
Segundo O Globo, também houve trocas em cargos de segundo escalão em mais cinco ministérios: Direitos Humanos, Secretaria de Governo, Cidadania e Turismo.