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De acordo com nota publicada na coluna de Mônica Bergamo, nesta segunda-feira (17), Cristiano Zanin Martins e Valeska Teixeira Zanin Martins, os advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, não tinham nem sequer o número do telefone celular do ex-juiz.
Posto isto, eles estão seguros de que não vão aparecer trocando mensagens com Moro no escândalo revelado pelo site The Intercept Brasil.
Diversos juristas, entre eles o ministro do Supremo Tribunal Federal Ricardo Lewandowski, afirmam que a relação de juízes com procuradores está bem fundamentada no Código de Ética da Magistratura.
“O relacionamento de juízes com as partes está bem fundamentado no artigo oitavo do Código de Ética da Magistratura. É só olhar e procurar entender”, disse o ministro.
O artigo diz que “o magistrado imparcial é aquele que busca nas provas a verdade dos fatos, com objetividade e fundamento, mantendo ao longo de todo o processo uma distância equivalente das partes, e evita todo o tipo de comportamento que possa refletir favoritismo, predisposição ou preconceito”.
Já o ex-juiz e atual ministro da Justiça, Sérgio Moro, no entanto, afirmou em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo estar absolutamente tranquilo em relação à natureza das comunicações e que não há "nada de mais" nas mensagens divulgadas pelo site The Intercept Brasil.
Nas conversas, Moro orienta o trabalho dos procuradores e até cobra resultados da chamada força-tarefa.
"A tradição jurídica brasileira não impede o contato pessoal e essas conversas entre juízes, advogados, delegados e procuradores." Com essas palavras, Moro, justificou a troca de mensagens com procuradores da operação "lava jato" quando era o juiz responsável pelo caso em Curitiba.