Bolsonaro admite que quer armar a população para defender seu governo e impedir golpe

Passados 26 anos do decreto da Câmara Municipal que o considerou "persona non grata" por ter defendido o fechamento do Congresso e a volta da ditadura, Bolsonaro voltou à Santa Maria (RS) e defendeu armar a população para evitar golpe de Estado

Foto: Alan Santos/PR
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Passados 26 anos do decreto da Câmara Municipal que o considerou "persona non grata" por ter defendido o fechamento do Congresso e a volta da ditadura, Jair Bolsonaro (PSL), agora no poder, voltou à Santa Maria (RS) na noite deste sábado (15) e defendeu armar a população para evitar golpe de Estado. "Nossa vida tem valor, mas tem algo com muito mais valoroso do que a nossa vida, que é a nossa liberdade. Além das Forças Armadas, defendo o armamento individual para o nosso povo, para que tentações não passem na cabeça de governantes para assumir o poder de forma absoluta. Temos exemplo na América Latina. Não queremos repeti-los. Confiando no povo, confiando nas Forças Armadas, esse mal cada vez mais se afasta de nós", falou em pronunciamento. Bolsonaro participou neste sábado (15) da Festa Nacional da Artilharia (Fenart), no 3º Grupo de Artilharia de Campanha Autopropulsado, que celebra o aniversário do marechal Emílio Luiz Mallet, seu patrono. O capitão retornou à Santa Maria 26 anos depois de ser considerado "persona non grata" da cidade. Em junho de 1993, por unanimidade, os vereadores aprovaram moção de repúdio contra Bolsonaro, na época deputado federal, por ter defendido o fechamento do Congresso e a volta da ditadura em uma entrevista ao jornal A Razão. A moção nunca foi revogada.